As novas pesquisas nacionais e uma profecia sobre Lula na ParaíbaHeron Cid

Fora os contaminados pelo vírus da euforia militante ou da soberba política, qualquer um seria capaz de vislumbrar o previsível: a eleição de 2022 não seria e nem será um passeio.

Pensar o contrário é desconsiderar a lógica. No auge do poder, carisma e popularidade, e sendo praticamente um sujeito beatificado, Lula não ganhou no primeiro turno.

E isso quando em plena onda “Lulinha paz & amor” enfrentou o inodoro José Serra e quando no epicentro dos bons ventos econômicos disputou com o insípido Geraldo Alckmin, a quem recorre dessa vez como vice.

Por que seria diferente agora, depois de todo o desgaste do PT com as revelações das operações policiais, contra um candidato de caneta na mão e com capacidade de mobilização – para o bem ou para o mal – e de provocar os instintos mais primitivos do eleitor antipetista?

O choque de realidade dos números, com o crescimento de Bolsonaro e estagnação de Lula, manda uma desconfortável e insólita notícia para os exclusivistas paraibanos.

Pela reincidência dos dados da pesquisa Poder Data, à semelhança da tendência constatada por outros institutos, e há oito meses das eleições, se hoje existem dois candidatos brigando para ter Lula na Paraíba, o futuro projeta o inverso: Lula é quem vai brigar para ter os dois com ele.