O Ocidente arma a Ucrânia, e o mundo prende a respiraçãoBlog do Noblat

Os holandeses enviam lançadores de foguetes para defesa aérea; os estonianos, mísseis antitanque Javelin; os poloneses e os letões, mísseis terra-ar Stinger; os tchecos, metralhadoras, rifles de precisão, pistolas e munição para os ucranianos em guerra.

Ao todo, cerca de 20 países – a maioria dos membros da Otan e da União Europeia, mas não todos – canalizam armas para a Ucrânia combater os invasores russos e armar uma insurgência se a guerra chegar a esse ponto. Deverá chegar.

A Otan move equipamentos militares e até 22 mil soldados a mais para os estados-membros que fazem fronteira com a Rússia e a Bielorrússia; com isso, pretende tranquilizá-los e aumentar a dissuasão. Putin, o novo czar, observa e anota.

Não é certo que o armamento europeu chegará a tempo de impedir a ocupação da Ucrânia e a queda do seu governo, o que acabará acontecendo mais dia, menos dia. São armas que servirão para matar soldados a serviço de Putin. Muitos já desertaram.

O apoio militar à Ucrânia reforça o discurso de Putin de que a Otan quer acabar com a Rússia e, para isso, se vale de um país que no passado era uma extensão dela. Putin blefa ou não quando põe suas forças em alerta nuclear? Ninguém sabe.

As guerras mundiais começaram por causa de conflitos menores ou de meros acidentes, fabricados ou não. Há sempre a possibilidade de aviões russos entrarem no espaço aéreo da Otan em perseguição a aviões ucranianos ali são tolerados.