MPF lembra procurador morto por ter descoberto esquema de corrupçãoBlog do Noblat

O Ministério Público Federal (MPF) irá lembrar neste mês de março os 40 anos do assassinato do procurador Pedro Jorge de Melo e Silva, ocorrido há 40 anos, em Pernambuco. Ele foi morto por ter desvendado um esquema de corrupção famoso que ficou conhecido como o “Escândalo da Mandioca”, em 1982.

A Procuradoria irá realizar três dias em homenagem à memória de Pedro Jorge, com seminários e debates sobre sua atuação e a luta dos direitos humanos e também a exibição de um documentário sobre sua trajetória e morte.

O escândalo que Pedro Jorge investigou envolvia desvio, em valores atuais, de R$ 34 milhões. Dinheiro público. O caso envolveu políticos e outras autoridades e um esquema dentro do Banco do Brasil. Por pressões, ele chegou a ser afastado do caso.

O “Escândalo da Mandioca” envolveu uma agência do Banco do Brasil, em Floresta, em Pernambuco, de onde foi desviado esse montante. O esquema consistia em obtenção de falsos créditos agrícolas para o plantio de mandioca, feijão, cebola e melão. Eram usados cadastros falsos e propriedades que não existiam. Os supostos beneficiados eram fantasmas.

Ao todo, 26 pessoas estavam envolvidas. Pedro Jorge os indiciou e chegou a obter o sequestro dos bens dos acusados.

Pedro Jorge foi assassinado com três tiros, quando parou o carro para comprar pão em uma padaria. O autor do disparo confessou o crime a mando de quem atuou.