A senadora Simone Tebet (foto), pré-candidata do MDB ao Planalto, se reuniu mais cedo com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.
Durante a conversa, entrou na pauta a situação de uma fábrica de fertilizantes de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, cidade natal de Simone e que já foi comandada por ela. A fábrica foi recém-adquirida por um grupo russo e poderá não mais produzir fertilizantes.
“Estou há 12 anos nessa luta. Agora, nós ficamos sabendo que a empresa que conseguiu comprar, que é russa, não vai fazer fertilizantes. Ela vai misturar os fertilizantes que compraremos de fora, para se tornarem fertilizantes nitrogenados. Então, agora é a hora de a Petrobras dizer que não vai entregar a fábrica quase pronta a uma empresa que não vai resolver o problema de fertilizantes no Brasil. Agora é hora de ela dizer que vai interromper esse contrato, terminar essa fábrica e, aí sim, vender para quem realmente vá produzir fertilizantes. Agora, entregar para uma empresa que não assina contrato garantindo a produção de fertilizantes é inaceitável e inadmissível. Isso vai contra o interesse nacional e os interesses da Petrobras”, disse Simone, após o encontro.
Em meio à guerra na Ucrânia, o assunto ganhou ainda mais relevância. Pelo menos 70% dos insumos usados para aumentar a produtividade do solo vêm do exterior e a Rússia é a principal fornecedora. A proposta conta com o apoio de governistas e da bancada ruralista, como mostramos ontem. O próprio Jair Bolsonaro tem usado a guerra na Ucrânia para defender a mineração em terras indígenas, como já registramos.
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