Após o rompimento com Arthur do Val, a campanha de Sergio Moro deve se afastar também do MBL. No fim de semana, assessores do presidenciável se espantaram com o ataque de Renan Santos à deputada estadual Janaína Paschoal, a quem o coordenador do movimento chamou de “porca”.
No Twitter, a parlamentar apenas questionava o MBL sobre os gastos dos R$ 180 mil arrecadados na viagem à Ucrânia.
No sábado, o deputado, conhecido como Mamãe Falei, retirou sua pré-candidatura ao governo de São Paulo e deve ser alvo de processo disciplinar dentro do Podemos, por causa dos áudios em que chamou as ucranianas de fáceis, porque são pobres .
Entre os assessores do ex-juiz, ninguém acreditava na viabilidade de Arthur do Val no estado, mas contava com o palanque na pré-campanha. “A luta dele era por espaço político, para depois negociá-lo com Rodrigo Garcia, também pré-candidato do PSDB ao governo de SP.”
Segundo um integrante do núcleo da campanha de Moro, a relação com o MBL, porém, já não estava boa, pois o movimento “pedia muito mais do que entregava”, dando muito pouco suporte à candidatura de Moro. “Antes só do que mal acompanhado”, conclui.
Na prática, Moro perdeu o que nunca teve.