Bolsonaristas reforçam grupos de WhatsApp diante dos riscos ao TelegramLauro jardim

O presidente Jair Bolsonaro | Sergio Lima/AFP

Apoiadores de Jair Bolsonaro estão aumentando a mobilização em prol do presidente no WhatsApp, aplicativo que tentavam esvaziar nos últimos meses. O movimento antecede as eleições deste ano e as ameaças de autoridades brasileiras, sobretudo da Justiça Eleitoral, de sanções ao Telegram, plataforma para onde o bolsonarismo havia optado por migrar.

Com o esforços na divulgação de suas “células” divididas por estado, o “Zap Bolsonaro”, site que reúne grupos de WhatsApp sobre o presidente, divulgou ter registrado 345 adesões na ferramenta de comunicação instantânea num período de 48h, entre 3 e 5 de março. Ao todo, são pelo menos 1,9 mil membros reunidos em torno dessa iniciativa.

Recém-empossado como presidente do TSE, Edson Fachin disse, em fevereiro, que legislações para regular o Telegram seriam “oportunas” no Brasil, onde a empresa não possui representação. O ministro completou, na ocasião, que o Judiciário também pode agir sobre o tema — o receio é que o aplicativo seja utilizado para a divulgação exponencial de notícias falsas na eleição, inclusive contra o sistema de votação.

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