Durante solenidade alusiva ao Dia Internacional da Mulher, Jair Bolsonaro afirmou que a população feminina brasileira está “praticamente” integrada à sociedade.
Ao citar a história de sua mãe, dona Olinda Bolsonaro, o presidente da República tentou exaltar os avanços das mulheres nas últimas décadas, mas aproveitou o discurso para criticar a ideologia de gênero e políticas públicas instituídas pelo PT ou por parlamentares da esquerda, como o Programa de Direitos Humanos (PNDH-3) ou o projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC-122).
“Lá no meu tempo, e isso é história, ou a mulher era professora ou dona de casa. Praticamente, dificilmente, fazia algo diferente disso. Lá nos anos 50 ou 60. Hoje em dia, as mulheres estão ‘praticamente’ integradas à sociedade. Nós as auxiliamos, nós estamos sempre ao lado dela, não podemos mais viver sem ela”, afirmou Bolsonaro, no ato realizado há pouco no Palácio do Planalto.
De olho no eleitorado feminino, Bolsonaro anunciou hoje várias medidas específicas para as mulheres, como uma linha de microcrédito e um programa do Ministério da Saúde para combater a pobreza menstrual. Ele, inclusive, fez questão de usar uma gravata cor de rosa. Algo inédito em pouco mais de três anos de gestão.
“A Damares mesmo disse aqui que em nosso governo a participação é bem maior que dos demais governos, bem como também, e isso é um aviso aos ‘machões’, foi o governo que mais prendeu ‘machão’ agressor foi o nosso. O respeito acima de tudo”, disse.
“E quando se fala em mulher também, para concluir, não se pode deixar de pensar e falar em família: o que é uma família? Como a família era vista há pouco tempo, aqui dentro dessa edificação. Quem se lembra do PNDH-3, quem sem lembra do PLC-122, quem se lembra de ideologias e tantas e tantas outras coisas? Quem se lembra dos nomes que antecederam à ministra Damares?. Estamos no caminho certo, o respeito acima de tudo. A preservação dos valores familiares”, afirmou.