Um artigo publicado nesta segunda (7) pela revista científica “Nature Climate Change” afirma que a floresta amazônica está perdendo a capacidade de reagir ao desmatamento e às mudanças climáticas.
Ao contrário da maioria dos estudos sobre a floresta, que se baseiam em simulações matemáticas, a nova pesquisa utilizou décadas de informações coletadas por satélite. Isso mostrou que mais de três quartos das áreas ocupadas pela Amazônia perderam “resiliência” desde o começo do século, ou seja, decaiu o seu poder de recuperação depois de períodos de seca severa, por exemplo. O fenômeno é mais acentuado em regiões próximas a cidades ou a outros tipos de atividade humana.
“O desflorestamento e a mudança climática, que se traduzem em estações secas mais alongadas e em secas pontuais mais frequentes, pode já ter empurrado a Amazônia para um limiar crítico de morte da vegetação“, diz o estudo, encabeçado pelo cientista Chris Boulton, da Universidade de Exeter, na Inglaterra.
Um processo acelerado de morte da floresta levaria à perda de biodiversidade, aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera e mudanças climáticas com severas consequências globais.