Mulheres perdem espaço em prefeituras da Paraíba e participação no Legislativo ainda é pequenaJornal da Paraiba

No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a constatação não é das melhores quanto à participação feminina na política estadual. Infelizmente, elas perderam espaço nos últimos anos no comando das prefeituras paraibanas e, nos Legislativos, ainda ocupam poucas ‘cadeiras’.

Merecem e deveriam ocupar mais espaços.

Dados do TSE mostram que em 2016 os paraibanos elegeram 39 prefeitas. Quatro anos depois, em 2020, esse quantitativo foi reduzido para 37 – apenas 16,5% do total de municípios do Estado.

Já na Assembleia Legislativa são somente 6 deputadas (Estela Bezerra, Cida Ramos, Drª Paula, Camila Toscano, Pollyanna Dutra e Jane Panta – suplente), entre as 36 ‘cadeiras’ da Casa.

Na Câmara de Campina Grande, elas estão em 7: Valéria Aragão, Jô Oliveira, Dona Fátima, Ivonete Ludgério, Carol Gomes, Fabiana Gomes e Eva Gouveia – atualmente licenciada. A participação feminina na Câmara campinense melhorou, mas ainda é pouco superior a 30%.

Em João Pessoa, a situação é bem mais complicada. Para as 27 vagas na Câmara, apenas uma vereadora (Eliza Virgínia) foi eleita em 2020.

Maioria dos eleitores da Paraíba é formada por mulheres

Curiosamente, a maior parte do eleitorado paraibano é formada por mulheres. Dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mostram que o Estado tem hoje 1.586.268 mulheres aptas a votar, diante de 1.409.483 homens.

O Estado também tem duas senadoras, Nilda Gondim e Daniella Ribeiro; e uma vice-governadora, Lígia Feliciano.

Mas poderia ter bem mais. A participação feminina na política paraibana precisa ser estimulada. E não na posição de coadjuvantes, mas de protagonistas.

Se tivéssemos mais delas em espaços de poder, teríamos um debate mais plural e perspicaz dos problemas do Estado. Não há dúvidas disso.