Os bastidores do encontro de Bolsonaro com evangélicosLauro jardim

 

O presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia no Palácio do Planalto | Evaristo Sá/AFP/02-12-2021

   Na tentativa de mostrar sua força política com lideranças evangélicas, Jair Bolsonaro abriu as portas do Palácio da Alvorada para um café da tarde nesta terça-feira com 280 religiosos, sendo 90 deputados federais, oito senadores e 22 pastores. No cardápio, as críticas aos governos anteriores e algumas citações de casos de corrupção dos governos de Lula e de Dilma Rousseff.  

Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, fez questão de criticar desvios de recursos e má gestão das refinarias de Abreu e Lima e Comperj .  A máxima da reunião foi que “quem tem o princípio cristão não pode apoiar quem saqueou a nação”. Essa narrativa foi repetida por grande parte dos 22 pastores que discursaram.  

Bolsonaro foi o último a falar e, mais uma vez, usou a facada que sofreu durante a campanha presidencial de 2018 para sensibilizar os presentes. Ele contou ter visto a morte de perto e comentou do “peso” que é ser o presidente do Brasil, considerando uma tarefa difícil e cheia de pressões por todos os lados para cada decisão que precisa tomar.  

O presidente evitou mencionar nomes de Lula ou de outros adversários políticos e também, segundo presentes, não fez referência direta as eleições deste ano, mas acatou “aquela pessoa, daquele partido”, alegando que não podem deixar com que eles tirem a “nossa liberdade”.