Rio terá nova bolsa de valores, com foco em economia sustentávelLauro jardim

Cláudio Castro na sede da Nasdaq, em Nova York | Reprodução

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, está reunido nesta terça-feira com executivos da Nasdaq, em Nova York, onde assinou um protocolo de intenções para a criação de uma nova bolsa de valores para o estado.

A intenção é que a empresa do mercado de ações opere, em território fluminense, uma “bolsa de ativos ambientais” para negociações de crédito de carbono e ativos ambientais (incluindo itens relacionados à energia, ao clima e às florestas).

A Nadasq instalará uma subsidiária no Rio, com previsão de abertura da nova bolsa no segundo semestre deste ano.

O projeto inclui também a Global Environmental Asset Plataform (GEAP) e, na visão do governo, ajudará a garantir ao Rio mais visibilidade na área de economia sustentável. A capital, representada em Nova York por Pedro Paulo, secretário de Fazenda, tem interesse semelhante.

Com a parceria, o Palácio Guanabara contará com a Nasdaq e a GEAP para a implementar políticas públicas e, ao mesmo tempo, certificar, emitir e negociar créditos de carbono. Há a previsão, por exemplo, de que contribuintes recebam créditos ambientais ao quitarem débitos do IPVA de seus automóveis. Um projeto piloto deverá ser discutido em 90 dias.

A projeção da equipe de Castro é que o Rio alcance um estoque de 73 milhões de toneladas de CO², que equivalem a R$ 25 bilhões e podem ser vendidos, por exemplo, para países que não atingiram suas metas de redução de gases causadores do efeito estufa. A aposta é que o setor seja uma alternativa para o reaquecimento econômico do estado no pós-pandemia.

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