Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal autorizou nesta terça-feira (8) a extradição do mafioso italiano Rocco Morabito (foto), preso em maio do ano passado em João Pessoa.
Rocco está na penitenciária federal de Brasília. Em junho do ano passado, a ministra Cármen Lúcia negou um recurso da defesa e decidiu manter o mafioso italiano preso por até 3 anos na Penitenciária Federal de Brasília.
Nesta terça-feira (8), a ministra Cármen disse que não haveria motivo para suspensão do processo.
“O pedido feito pela Itália atende aos requisitos em razão do tratado de extradição com o país. As condenações impostas constam que ele é fugitivo de máfia e seria um dos líderes mais procurados da Europa, como membro influente de criminosos”, disse.
A relatora foi seguida pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. O ministro Dias Toffoli não estava presente.
Considerado um dos três criminosos mais procurados da Itália, Morabito é um importante liderança da máfia calabresa ‘Ndrangheta.
A ‘Ndrangheta é uma das maiores organizações criminosas do mundo. Segundo a Polícia Federal, há registro da atuação de Morabito no tráfico de drogas entre Brasil e Europa desde os anos 90.
A vida de crimes do gringo começou quando ele tinha pouco mais de 20 anos. Na época, passou a integrar o clã Morabito da máfia liderada por Giuseppe Morabito, parente de Rocco que, anos depois, foi considerado pela Comissão Parlamentar Antimáfia da Itália como o criminoso mais perigoso do país.
Em 2017, ele chegou a ser preso no Uruguai, mas fugiu depois de dois anos e estava foragido desde então.
Na Itália, Rocco foi condenado a 30 anos de prisão por associação criminosa e tráfico de drogas, mas passou grande parte dos últimos 25 anos fugindo da polícia.