Kassio critica CPI da Covid e cobra PGR sobre Ricardo BarrosO Antagonista

Em um despacho com críticas à CPI da Covid, Kassio Nunes Marques (foto) mandou a PGR se manifestar sobre a manutenção ou não do indiciamento do líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros.

O ministro do STF, primeiro a ser indicado para a corte por Jair Bolsonaro, disse que em princípio não vê condições para manter o deputado do PP-PR na condição de indiciado. Desde a época da CPI, Barros vem negando as acusações de irregularidades.

Essa é uma das apurações que a PGR começou após a conclusão dos trabalhos da CPI no Senado, no ano passado.

A suspeita é que Barros tenha cometido o crime de organização criminosa, ao lado de outros investigados, no processo de contratação da Covaxin —a vacina mais cara a ter negócio firmado com o Ministério da Saúde para ser usada no combate à pandemia de Covid. O contrato acabou sendo suspenso após as investigações da comissão.

“Em princípio, não me afigura atender os requisitos para manutenção válida do indiciamento realizado pela CPI da Pandemia em relação aos ora requeridos o fornecimento de ‘175.000 (cento e setenta e cinco) mil páginas, equivalentes a 350 resmas de papel’ de documentos, sem indicação específica da relação de cada um com os delitos imputados aos indiciados constantes destes autos”, criticou Kassio, que é o relator do caso no Supremo.