Eduardo Leite antecipou para domingo seu retorno ao Brasil para tratar da provável transferência do PSDB para o PSD, com vistas à corrida presidencial. Antes da decisão final, que deve sair no fim do mês, ele pretende se reunir com os tucanos anti-Doria.
O governador do Rio Grande do Sul ainda está na dúvida sobre a filiação ao partido de Gilberto Kassab, que pode se aliar a Lula ainda no primeiro turno, caso o petista avance nas pesquisas.
Foi Kassab quem pressionou Rodrigo Pacheco a anunciar ontem sua desistência da pré-candidatura. O presidente do Senado pretendia deixar a decisão para mais adiante, mas o presidente do PSD teme perder o timing para convencer Leite.
Nos bastidores, há um entendimento comum de que João Doria perderá a pouca relevância que ainda tem ao se desincompatibilizar do governo de São Paulo no fim deste mês, abrindo caminho para Leite no próprio PSDB.
“A partir do dia 2 de abril, tudo muda. E a candidatura natimorta de Doria ficará evidente, abrindo espaço para o Eduardo”, diz um grão-tucano, que trabalha para manter o gaúcho na legenda.
“Se não for agora, dificilmente ele sairá depois”, argumenta um interlocutor de Kassab, corroborando a tese tucana.