Juiz absolve Aécio da acusação de receber propina de R$ 2 milhões da J&FO Antagonista

A Justiça Federal em São Paulo absolveu Aécio Neves (foto) no processo oriundo da denúncia oferecida pela PGR contra o deputado federal do PSDB, pelo suposto recebimento de R$ 2 milhões em propina da J&F, registra o Estadão.

A decisão do juiz Ali Mazloum, da 7.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, beneficia também a irmã do tucano, Andrea Neves, o primo deles, Frederico Pacheco de Medeiros, e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima.

Na sentença, Mazloum escreveu que “a conduta típica descrita na denúncia não existiu no mundo fenomênico. Em outras palavras, está provada a inexistência do crime de corrupção passiva narrado pela PGR”. No mês passado, em suas alegações finais, o MPF afirmou “não ter dúvidas” de que houve corrupção.

Aécio foi denunciado em 2017, quando era senador, pelo então PGR Rodrigo Janot, que chegou a pedir sua prisão. Em abril de 2018, o STF aceitou a denúncia e colocou o tucano no banco dos réus. O processo desceu à Justiça Federal de SP depois que ele deixou o cargo de senador —o foro por prerrogativa de função se aplica só a crimes cometidos durante o mandato.

Uma das provas apresentadas contra o tucano era a gravação em que ele pedia R$ 2 milhões a Joesley Batista, sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato. Em depoimentos, o dono da JBS e Andrea Neves alegaram que o pano de fundo das conversas era a proposta de venda de um apartamento da família do político no Rio.