Gabigol em partida pelo Flamengo | Cesar Olmedo/AFP
O julgamento de quarta-feira no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (TJD-RJ) sobre a acusação de que a torcida do Fluminense teria ofendido Gabigol com xingamentos racistas, em fevereiro, serviu, inusitadamente, como um indicativo sobre o futuro do atacante no Flamengo. Ele atua pelo clube desde 2019, com contrato até dezembro de 2024. E, segundo disse a uma pessoa envolvida no caso em questão, não almeja uma transferência de clube.
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Testemunha apresentada pela defesa do Flu ao TJD, o preparador físico Marcos Seixas depôs à Corte na sessão que terminou com o tricolor absolvido de qualque responsabilidade no episódio em que Gabigol foi chamado de “macaco” pela torcida, conforme registrado em vídeos online. Seixas estava ao lado do jogador do time rival no momento dos xingamentos.
Além de relatar aos auditores que não notou qualquer cunho racista nos impropérios dirigidos a Gabigol, Seixas também relatou o conteúdo do diálogo que os dois mantiveram enquanto ouviam os gritos dos torcedores. De acordo com o funcionário do Flu, que já atuou junto ao craque na Selelão Brasileiro, a pauta da conversa era justamente uma possível transferência do craque para outro time, hipótese negada por Gabigol naquela ocasião.
A informação chegou a chamar a atenção do presidente do julgamento, o auditor Carlos Teixeira, que pediu à testemunha para que repetisse o conteúdo revelador do diálogo, em tom bem humorado. Como se tratava de um julgamento, a testemunha estava instruída a não contar mentiras.
Comprado pelo Flamengo do Inter de Milão em 2019, Gabigol ainda cogita voltar a jogar na Europa, conforme disse o empresário do atleta, Júnior Pedro, em entrevistas concedidas em janeiro. A migração, se confirmado o depoimento de Seixas, para ser um assunto para depois.
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