Chapa “Mula sem cabeça” ao governo baiano inspira cuidados ao PTBlog do Noblat

Era uma vez uma chapa do PT ao governo baiano encabeçada pelo senador Jaques Wagner. Nas pesquisas de intenção de voto, Wagner perdia para ACM Neto (UNIÃO BRASIL)

Mas quando o eleitor era informado que Wagner teria o apoio de Lula, ele subia e ficava nos calcanhares de ACM Neto. Faria parte da chapa o senador Otto Alencar (PSD), candidato à reeleição.

O atual governador, Rui Costa (PT), completaria seu mandato e ajudaria Wagner e Alencar a se elegerem. Faltava completar a chapa com a indicação de um nome para vice-governador.

Não poderia ser o vice de Costa, João Leão (PP), porque os dois já se elegeram e se reelegeram. Leão sabia disso desde que foi eleito pela primeira vez; sonhava, porém, em ser candidato a governador.

Então, Costa assanhou-se para ser candidato ao Senado, deixando Leão no seu lugar. Nem Wagner, nem Alencar sentiram-se seguros de que essa seria uma boa solução. E a chapa desandou.

Wagner renunciou à candidatura ao governo; Alencar recusou-se a substituí-lo como cabeça da chapa, e Leão ameaça ser candidato ao Senado na chapa de ACM Neto.

Leão pode estar blefando, nunca se sabe. Costa desistiu de ser candidato ao Senado; são duas vagas em jogo. O PT cogita lançar um nome novo para governador. A última palavra será de Lula.

A eleição na Bahia será “casada”. Lula, ali, derrota Bolsonaro por larga margem de votos. A permanecer assim, quem votar em Lula para presidente deverá votar no candidato dele ao governo.

13 para presidente (o número do PT), 13 para governador. O casamento dos sonhos do partido.