O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), criticou, nesta sexta-feira (11), em suas redes sociais, os reajustes aplicados pela Petrobras que repassou um dos maiores aumentos dos últimos meses com 18,8% para gasolina e 24,9% para o diesel.
De acordo com o gestor, a política de preços adotada pela Petrobras para definir valores cobrados pelos combustíveis no país é “violenta” e poderia ter outros caminhos menos prejudiciais a economia do país e ao bolso do trabalhador.
Ele destacou que a Paraíba segue fazendo sua parte, e que desde outubro, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) segue congelado. “Mais um aumento gigantesco na gasolina, diesel e gás pesando no bolso do brasileiro por causa de uma política equivocada na precificação dos combustíveis. É preciso lembrar que o valor para o cálculo do ICMS está congelado desde outubro e, mesmo assim, o preço continua subindo”, lembrou.
O gestor também criticou o projeto de lei que muda a cobrança do ICMS sobre combustíveis, aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada desta sexta-feira (11). O texto, apoiado pelo Governo Federal, prevê que a cobrança se dará com base em uma alíquota fixa por volume comercializado e única em todo o país. Com a aprovação, o projeto aguarda a sanção presidencial.
“Fica claro que transferir a culpa para os estados não só não resolveu o problema como ajudou a agravá-lo. Enquanto os estados perderam arrecadação, dinheiro que poderia ir para saúde, educação, segurança, a Petrobras lucrou R$ 106 bilhões, distribuindo mais de R$ 37 bilhões para os acionistas. É preciso que a empresa recupere a função social, como empresa pública que é e pense no impacto de um aumento como esse para o povo que tem sofrido tanto com a inflação”, avaliou.