O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna | Foto: Mauro Pimentel / AFP
O clima entre Jair Bolsonaro e o general Silva e Luna não pode ser pior, como até as plataformas de exploração de petróleo em alto-mar já perceberam.
Cessaram há tempos as conversas, ainda que esparsas, que o presidente da Petrobras mantinha com Bolsonaro nos tempos em que comandou Itaipu.
Mas a interlocutores com quem tem conversado nos últimos dias, Silva e Luna tem garantido: não pedirá demissão da presidência da Petrobras.
Enquanto isso, Bolsonaro passou as últimas semanas botando a culpa dos aumentos de preços dos combustíveis em Luna e Silva, esquecendo-se (ou fingindo esquecer) que o general está cumprindo o que determina a política de preços da estatal.
Com algumas variações, a frase preferida de Bolsonaro em seus arroubos recentes é:
— Tem que tirar o lucro dos acionistas e segurar os preços.
A propósito, quem mais lucra com dividendos da Petrobras é a União. Em 2021, foram cerca de R$ 21 bilhões, fora mais R$ 100 bilhões em participações especiais e impostos.