O transporte individual de pessoas está se tornando cada vez mais um trabalho inviável no Brasil. Sucessivos aumentos nos preço dos combustíveis fazem com que os motoristas repensem se vale a pena sair de casa para trabalhar.
Os taxistas, que tiveram que se readaptar a concorrência com a chegada de aplicativos para motoristas particulares, lidam agora com o problema na hora de encher o tanque de gasolina.
Para Flaviano Oliveira, presidente da Associação do Taxistas na Paraíba, a profissão se tornou questão de sobrevivência. Em entrevista para o ClickPB, ele afirma que mais de 50% da renda vai para o pagamento de combustíveis.
“Em 2015, a gasolina era R$ 2,30 e de lá pra cá houve dezenas de aumentos. Agora deve passar de R$ 7,00 e a expectativa é continuar aumentando. Hoje, estamos tentando sobreviver. Não está sendo fácil, não. Por toda a dificuldade que nós passamos na pandemia e com os aplicativos de carro particulares que levaram 60% das nossas corridas, o nosso maior vilão hoje é a gasolina”, disse.
Flaviano disse ao portal que cobra das autoridades públicas soluções e projetos que amenizem a situação. Ao Governo Federal, é pedido o auxílio-gasolina. Já em âmbito estaudal, a categoria solicita isenção do ICMS para gasolina e gás natural. Políticas públicas voltadas à área de publicidade também são requisitados à Prefeitura de João Pessoa.
“No início deste ano, quando houve alguma melhora na economia, a gente ressuscitou das cinzas, porque, na pandemia, alguns foram ser caminhoneiros, vigilantes, montaram comércio. Outros desistiram da função de taxista. Perdemos mais de 60 para a Covid”, concluiu.