Caso Mariana Thomaz: laudo confirma relação sexual, e polícia da PB investiga possível estuproG1 Paraíba


Após perícia, laudo cadavérico foi finalizado nesta segunda (14) e apresentou indícios de atividade sexual agressiva, mas ainda não é possível confirmar se houve ou não consenso. Mariana Thomaz de Oliveira, de 25 anos, foi morta no último sábado (12).
Reprodução/TV Cabo Branco
O laudo cadavérico da estudante de medicina Mariana Thomaz, morta com suspeita de feminicídio, apresenta indícios de relação sexual. De acordo com o delegado do caso, Joames Eugenio, o documento atesta lesões causadas por uma atividade sexual intensa, com traços de violência. Apesar disso, a investigação ainda não caminhou o suficiente para que um eventual estupro seja confirmado, e essa possibilidade é investigada.
A polícia segue, agora, uma análise que possa concluir se houve ou não consentimento por parte da vítima. O delegado alega que será necessário um conjunto de averiguações, como coleta de depoimentos de equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atendeu a vítima, além dos primeiros policiais que chegaram ao local.
Familiares e amigos de Mariana também serão ouvidos com intuito de traçar um perfil comportamental do suspeito preso em flagrante, Johannes Dudeck. Ele foi preso e já encaminhado para um presídio especial de João Pessoa.
A defesa do suspeito de praticar o crime de feminicídio foi procurada pelo g1, mas até a última atualização desta matéria não deu nenhum retorno.
O laudo cadavérico, primeiro a ficar pronto após o crime, já é suficiente para refutar uma das alegações de Johannes, que disse não ter mantido nenhuma relação sexual com penetração junto à vítima.
Ainda nesta semana deve ser apresentado o laudo criminal, documento onde constará mais detalhes do contexto do crime, bem como análises feitas a partir do documento já divulgado. Para qualquer comprovação, a perícia coletou, ainda, fluidos corporais presentes nas partes íntimas de Mariana, com isso qualquer tipo de material genético externo poderá ser identificado. Além de materiais presentes nas unhas da jovem, que poderia indicar algum tipo de luta corporal.
O resultado dessa coleta pode demorar meses para sair, mas diante da repercussão do caso, o delegado e os peritos envolvidos acreditam que haverá rapidez. Se o material genético encontrado for do suspeito, Johannes Dudeck, e as investigações indicarem estupro, o agravante será adicionado na análise do caso.
Entenda o caso
O corpo de Mariana Thomaz foi encontrado com sinais de estrangulamento em um apartamento, na orla do Cabo Branco, em João Pessoa, no último sábado (12). Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito de ter cometido o crime estava em um relacionamento há um mês com a vítima.
A vítima, de 25 anos, era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina. O corpo dela foi encontrado após a polícia receber uma ligação do suspeito informando que Mariana estava tendo convulsões.
Chegando no local, o perito observou sinais de esganadura. Por causa disso, o suspeito foi preso preventivamente. Após exames, a perícia confirmou a esganadura.
A polícia ainda informou que o suspeito já tem outras acusações pela Lei Maria da Penha por agredir mulheres diferentes.
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