Em evento organizado pelo próprio PDT nesta segunda (14) para debater medidas de combate à corrupção, o pré-candidato do partido à Presidência, Ciro Gomes (foto), foi questionado por ter João Santana na comunicação de sua pré-candidatura, registra O Globo.
O marqueteiro, que coordenou as campanhas de Lula e Dilma Rousseff (PT), foi condenado no âmbito da Lava Jato por lavagem de dinheiro, após confessar em delação premiada o uso de caixa dois nas eleições. Em 2021, foi contratado pelo PDT para trabalhar a candidatura presidencial de Ciro.
O pedetista, que propõe “criminalizar para valer o caixa dois” como uma das medidas de combate à corrupção, foi questionado pelo pesquisador Bruno Carazza, presente a uma das mesas do evento, sobre seu contrato com Santana, “símbolo dessa aliança entre o sistema político e o sistema de elite econômica que acabou degenerando em corrupção”.
“O João Santana nunca foi condenado por corrupção. Ele sofreu uma condenação —ainda que tenha sido Sergio Moro que o julgou, que não é propriamente alguém de quem se admire a isenção— por vícios de caixa dois. E, nisto, cometeu um erro indesculpável, foi condenado, pagou todas as penas e está de volta à sociedade”, alegou Ciro.
Em entrevista coletiva depois do evento, o presidenciável voltou a defender o marqueteiro e disse ser “nazismo” defender a “condenação eterna”.