Bandeira do arco-íris que representa a comunidade LGBT+ | SatyaPrem/Pixabay
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, general João Camilo de Campos, recebeu na sexta-feira um ofício elaborado pela vereadora de São Paulo, Erika Hilton, com um pedido para que a Polícia Civil paulista apure possíveis conexões entre três crimes, de traços semelhantes, contra homens residentes na capital, dois deles homossexuais.
A parlamentar do PSOL preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores da cidade.
Nos três casos, as vítimas foram encontradas com sinais de asfixia e um saco plástico cobrindo a cabeça. A coincidência tem levado usuários de redes sociais, sobretudo da comunidade LGBT+, a expor um temor sobre uma possível ligação entre as mortes, configurando uma série de crimes de ódio contra gays. Não há provas neste sentido até aqui, diz a polícia.
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Além da investigação conjunta, Erika, que foi primeira trans eleita pelos paulistanos, requer acesso às informações já coletadas pelos policiais e solicita um alerta aos moradores da cidade a respeito dos episódios e eventual risco de que eles se repitam.
Para a vereadora,, a falta de detalhes sobre os episódios indica que “não tem sido dada a devida atenção pelas autoridades policiais” às “semelhanças apontadas entre os casos”.
O mais recente dos casos se tornou público na última sexta-feira: um estudante de administração, de 25 anos, foi encontrado asfixiado por sacos plásticos no chão de seu apartamento em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. No pedido enviado à secretaria, Erika menciona outros dois registros, de setembro passado: o de um ator de 42 anos e o de um gerente de lojas de 39 anos (esse último namorava uma mulher, era pai de uma criança de seis anos e, de acordo com a polícia, pode ter cometido suicídio).
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