Paraíba pede esclarecimentos ao Itamaraty sobre desaparecimento de paraibana na UcrâniaG1 Paraíba


Brasileira está desaparecida há duas semanas. Família ainda não tem respostas sobre paradeiro de Silvana Pilipenko. Silvana Pilipenko vive na Ucrânia desde 1995.
Reprodução/Arquivo Pessoal
O Governo da Paraíba enviou um ofício ao Itamaraty cobrando respostas em relação ao desaparecimento da paraibana Silvana Pilipenko, que foi contatada pela última vez há 16 dias. A mulher estava na cidade de Mariupol, uma das mais atingidas pelas invasões russas, quando perdeu contato com a família no Brasil.
Quem é Silvana Pilipenko, brasileira que está desaparecida na Ucrânia
Em resposta, o Itamaraty informou que está reunindo informações para dar andamento às buscas. A família de Silvana informou que, apesar da repercussão do desaparecimento já está sendo feita há quase uma semana, o Itamaraty ainda não fez nenhum contato direto.
Procurado pelo g1, o órgão responsável pela repatriação de brasileiros no exterior ainda não deu resposta até a última atualização desta matéria.
Conforme o Governo da Paraíba, através da Secretaria de Representação, cerca de 16 paraibanos entraram na Ucrânia entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022. Silvana Pilipenko é a única cuja família registrou desaparecimento.
O desaparecimento
O último contato de Silvana Pilipenko com a família foi no dia 3 de março, quando disse que a cidade estava começando a ser atacada e sofria com quedas de energia. Um vídeo com notícias foi enviado à família no dia 2 de março (veja abaixo).
Em último vídeo enviado a parentes, paraibana desaparecida na Ucrânia falou sobre situação
No vídeo, a paraibana disse que a cidade de Mariupol estava cercada e, por isso, não havia como sair de lá.
“A cidade está cercada pelas forças armadas, todas as saídas estão minadas, então é impossível tentar sair daqui nesse momento. Basicamente Mariupol faz fronteira com a Rússia, o país atacante, então não podemos seguir nessa direção. Se fôssemos para outra direção, no sentido Polônia ou Hungria, teríamos que atravessar todo o território, o que não seria viável diante das circunstâncias e da distância”, explicou.
Ela também alertou que a comunicação poderia ser dificultada pela falta de energia elétrica.
“Ontem a internet foi cortada, a energia também, então ficamos sem internet, sem energia, nossos celulares ficaram sem bateria, o computador também, o apartamento ficou sem aquecimento”, disse no vídeo datado de 2 de março.
Apesar das dificuldades, Silvana conseguia se comunicar todos os dias até 3 de março. Ela chegou a ligar para a família e, depois, não fez mais nenhum contato.
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