Uma turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) irá encerrar até semana que vem um caso que se arrasta na Justiça há vinte anos. E envolve empresas ligadas ao Itaú.
A Itaúsa, holding que controla o Itaú, assumiu o controle da Itaucorp, anos atrás, e, no momento de avaliar as ações dos sócios minoritários, jogou o valor lá para baixo, argumentam os atingidos por essa decisão.
Um desses sócios minoritários, a família De Biasi, questionou esses valores pagos pela Itaúsa, isso em 2001, quando incorporou a Itaucorp.
Os De Biasi, autores da ação, argumentam que a Itaúsa calculou com base no valor contábil das ações e não no valor de mercado, que seria bem superior, cerca de 50%. A família reclama na Justiça o pagamento da metade.
Em 2001, segundo peritos, , o prejuízo dos De Biasi teria sido de cerca de R$ 2 milhões. A diferença a ser paga hoje para os autores da ação seria de R$ 50 milhões, em valores atualizados.
A Itaúsa argumenta que está correta que não seria indevido usar o valor contábil em vez o do mercado.
Os De Biasi já obtiveram vitória nas primeiras instâncias em São Paulo. A Itaúsa recorreu so STJ e, em novembro, o ministro Marco Buzzi, de forma monocrática, entendeu que não caberia aquela discussão ali, no tribunal. Não julgou o mérito.
A Itaúsa entrou com novo recurso e o caso agora será julgado na 4ª Turma do STJ semana que vem.