Sem misericórdiaO Antagonista

O líder da bancada evangélica no Congresso, deputado Sóstenes Cavalcante (foto), do PL do Rio de Janeiro, convocou uma coletiva para as 17h desta quarta-feira (23). Ele vai anunciar o posicionamento oficial do grupo sobre o escândalo envolvendo liberação de verbas do Ministério da Educação por intermédio de pastores.

Leia também: O legado do nada

Inicialmente, a coletiva seria às 10h30, mas o deputado adiou, alegando dificuldade de reunir todos os integrantes da frente parlamentar. “Sóstenes falará em nome do grupo e, por isso, a necessidade de ouvir todos”, diz trecho da nota divulgada pela assessoria dele.

Como noticiamos mais cedo, a bancada evangélica quer distância desse episódio.

O Antagonista apurou também que Sóstenes foi cobrado a dar declarações duras em relação ao esquema. Até aqui, há áudios que comprovam a existência do esquema, mas parlamentares evangélicos acreditam que “mais provas” podem surgir. Nos bastidores de Brasília, fala-se da possibilidade de existirem vídeos com pastores e/ou prefeitos com dinheiro vivo.

Deputados querem que Sóstenes seja firme e deixe claro que a bancada não defende o erro de quem quer que seja. Ou seja, sem misericórdia em ano eleitoral.

Ontem, a Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que o próprio ministro da Educação, Milton Ribeiro, diz dar prioridade aos amigos do pastor Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil. Hoje, o Estadão noticiou que o pastor Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade, pediu um quilo de ouro em troca de liberação de verbas.

Leia também: Pastor que pediu ouro viajou em jato da FAB com ministro