Urgente: PGR pede instauração de inquérito para apurar possível lobby no Ministério da EducaçãoO Antagonista

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma investigação sobre o ministro da educação, Milton Ribeiro (foto). Na Corte, a ação ainda não tem relator.

O Antagonista apurou que o processo chegou físico, está sendo digitalizado e ainda será distribuído a um relator. O documento divulgado pela PGR não faz qualquer menção de investigação de presidente Jair Bolsonaro. 

O pedido tem como fundamento representações protocoladas junto à Procuradoria-Geral da República após a revelação de uma a interferência de dois pastores evangélicos no processo de liberação de recursos por parte do ministério.

No documento, o PGR indicou diligências iniciais, que incluem a oitiva dos envolvidos e o envio de ofício ao MEC e à Controladoria-Geral da União (CGU) para o esclarecimento do cronograma de liberação das verbas do FNDE, bem como os critérios adotados nesses procedimentos.

“Em momento algum Milton Ribeiro negou ou apontou falsidade no conteúdo da notícia veiculada pela imprensa, admitindo, inclusive, a realização de encontros com os pastores nela mencionados”, disse o PGR. 

Na última terça, foi revelado um áudio em que Milton Ribeiro diz priorizar amigos de pastores a pedido de Jair Bolsonaro. 

A existência do grupo de pastores, que ficou conhecido como “Ministério da Educação paralelo”, foi revelada na semana passada, em uma reportagem do Estadão. A Folha de S. Paulo avançou e publicou áudios. 

Desde que o lobby foi divulgado, Milton Ribeiro e Jair Bolsonaro viraram alvo de pedidos de investigação, protocolados por parlamentares, no Supremo, na PGR e no Tribunal de Contas da União (TCU).

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