O alerta do Telegram a Bia KicisLauro jardim

Bia Kicis, presidente da CCJ | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Bia Kicis esteve prestes a perder o controle sobre o grupo de 93,1 mil usuários que comanda no Telegram, desde o ano passado, para reunir apoio em torno do chamado “voto impresso auditável”. É o que indica um alerta feito pela plataforma aos inscritos: depois de cinco meses de inatividade, a deputada poderia ter a conta removida e o grupo ficaria sem administração, caso não retomasse as atividades até abril.

O silêncio da presidente da CCJ no canal que ela mesma criou, com dinheiro da Câmara, está ligado ao esvaziamento da bandeira bolsonarista contra as urnas eletrônicas.

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A PEC de autoria de Bia sobre o tema foi rejeitada e arquivada pelo Congresso em agosto do ano passado. Desde então, ela acionou o grupo no Telegram apenas sete vezes, para repassar conteúdos pontuais sobre o mandato.

A iniciativa virtual foi criada e administrada, quando a PEC ainda tramitava, com o suporte de uma empresa remunerada mensalmente com a verba de gabinete de Bia: R$ 16 mil repassados a uma empresa de marketing digital entre janeiro e agosto do ano passado. Na semana passada, diante do aviso do Telegram, a deputada reativou o grupo: enviou mensagens criticando o bloqueio da plataforma por Alexandre de Moraes, do STF.

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