O SoftBank decidiu não escolher um sucessor para Marcelo Claure — que desde janeiro deixou a empresa que ele próprio trouxe para a América Latina — e partiu para uma solução caseira: dividiu suas funções internamente.
O papel de “resolvedor de problemas” da empresa de Masayoshi Son agora cabe ao francês Michel Combes, que tem como primeira missão fazer o IPO da Arm acontecer, depois da mal-sucedida tentativa de fusão com a Nvidia.
Já a jóia da coroa de Claure, o Latin America Fund — o maior fundo de investimentos em startups da região, com US$ 8 bilhões — ficará sob a tutela do Vision Fund, o maior fundo de investimentos em tecnologia do mundo, que tem US$ 100 bilhões sob gestão.
Com isso, Paulo Passoni e Shu Nyatta, os gestores da América Latina, ganharam um novo chefe: o indiano Rajeev Misra, que comanda o time global de investimentos do conglomerado japonês desde 2014.
O fundo latino, que tem mais de 80 empresas no portfólio (Nubank, Rappi, Inter, Creditas, Vtex e QuintoAndar, entre elas) teve uma taxa interna de retorno bruta, em dólares, de 90% em 2021.