O que aliados estão dizendo a DoriaO Antagonista

Com Eduardo Leite no PSDB e disposto, de novo, a tentar ser candidato ao Planalto, aliados de João Doria (foto) estão enchendo o governador de São Paulo de conselhos.

O clima no PSDB não é o dos melhores, claro, mas está longe de ser aquele pré-prévias, em novembro do ano passado, quando Doria derrotou Leite. Não há quase nada de unidade no partido neste momento: há até tucanos mais antigos que não se esquecem da boa relação que cultivaram com José Dirceu, José Genoino e com o próprio Lula.

Na coletiva de ontem, em que anunciou que deixaria o governo do Rio do Grande do Sul, Leite deixou claro sua disposição em se movimentar para se cacifar como presidenciável. É isto o que ele vai buscar, não apenas no PSDB, mas no MDB e no União Brasil, por exemplo: ser o escolhido como nome único da chamada Terceira Via.

Entre tucanos mais próximos de Doria, sustenta-se, pelo menos até aqui, a avaliação de que o resultado das prévias estão sendo respeitado, uma vez que o governador de São Paulo é o candidato do partido. Mas também parece haver um consenso de que, quando Doria sinalizou que poderia abrir mão da candidatura por um projeto mais viável, ceder para Leite estaria entre as opções possíveis.

A pré-campanha ainda não começou para valer. De todo modo, desde as prévias, Doria não conseguiu crescer nas pesquisas — pelo contrário, a rejeição ao nome dele aumentou nesse período. Também em razão disso, o principal conselho que Doria tem escutado é para que se convença de que, a esta altura, todos os movimentos são válidos. “Faça o seu movimento e não impeça o de ninguém, nem o de Leite”.