Desde as primeiras horas da manhã, os principais atores políticos do país estão, por inúmeras mensagens e ligações, trocando impressões sobre os dois fatos do dia (ainda não são nem 11 horas): 1) a possível saída de João Doria da disputa presidencial; 2) a troca de partido de Sergio Moro, que também pode acabar não concorrendo ao Planalto.
Publicamente, poucos querem falar.
“Putz! É sério tudo isso?”, perguntou o secretário-geral de uma importante legenda.
“Muita coisa acontecendo. Só falarei após a confirmação desses movimentos. Enquanto não se efetivarem, não posso comentar, só comento fatos concretos”, disse um presidente de partido.
“Estou entrando no avião, falo depois. Que dia louco!”, afirmou outro político que participa diretamente das negociações do centro democrático.
No PSDB, muitos estão fulos da vida com Doria, que, desistindo da disputa ao Planalto, implode a candidatura do atual vice-governador, Rodrigo Garcia, ao Palácio dos Bandeirantes.
“Doria está pouco se lixando para o PSDB”, disse uma liderança do Congresso.
No União Brasil, há quem defenda que Rodrigo Garcia, hoje no PSDB, volte ao partido (ele era do DEM) e até se coloque como mais um pré-candidato à Presidência. “Seria um nome novo, ele é jovem e preparado”, afirmou um deputado da nova sigla.
Sobre Moro no União Brasil, já tem deputado até se esquecendo de todos os ataques feitos ao ex-juiz:
“Ele vai ser candidato a deputado e vai trazer voto para caramba. Não tenho qualquer inimizade com ele. Ele vai trazer muito voto para nós.”