‘Saúde é um direito nosso’, diz filha de homem que está há 10 dias sem se alimentar em UPA de BayeuxG1 Paraíba


Waldir Gomes da Silva deu entrada na UPA de Bayeux com uma infecção grave na garganta e, por causa disso, precisa receber da sonda gastrointestinal. Ele precisa ser transferido com urgência para um hospital que realize o procedimento. Waldir Gomes da Silva em foto antes da internação na UPA de Bayeux
Arquivo Pessoal
A filha de Waldir Gomes da Silva, que está internado há dez dias, sem comer, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa, reforçou a necessidade de transferência imediata do pai para algum hospital, nesta quinta-feira (31). De acordo com a família e com a UPA, o paciente precisa com urgência de uma sonda gastrointestinal para voltar a se alimentar.
Waldir Gomes da Silva deu entrada na UPA de Bayeux com uma infecção grave na garganta e, por causa disso, precisa receber da sonda gastrointestinal. Mas, essa intervenção só pode ser feita em um hospital.
Em entrevista à TV Cabo Branco, Bianca Maria, filha de Waldir, afirmou que a UPA já tentou várias vezes a transferência dele para um hospital de João Pessoa, mas sem sucesso. O paciente, que chegou à unidade consciente, está exclusivamente à base de soro, sem se alimentar há dez dias.
“Ele está perdendo a consciência, já está com a sonda para urinar, a pressão arterial chegando baixa, estamos vendo a hora ele morrer”, disse a filha.
Bianca também disse que todos os médicos que avaliaram Waldir apontam a urgência do caso, e a possibilidade que ele morra não em decorrência da doença, mas da falta de alimentação.
“Ele não tem tempo. Todos os médicos avaliam e dizem a mesma coisa, que possa ser que ele morra de fome. Saúde é um direito que a gente tem”, disse.
Na nota entregue pela UPA de Bayeux à família de Waldir, a unidade reforça que tem dado toda assistência possível a ele, mas que a transferência em caráter de urgência é necessária.
O promotor de Saúde de Bayeux, Lúcio Mendes, entrou com uma ação civil pública requerendo uma liminar nesse sentido e alega que o setor de regulação da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa vem negligenciando o caso.
A Secretaria Municipal de João Pessoa foi procurada e informou que se manifestaria por meio de nota, o que ainda não aconteceu.
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