Uma eleição presidencial repleta de patos mancosBlog do Noblat

Pato manco (lame duck), é uma expressão usada na política norte-americana para definir o político que continua no cargo, mas que por algum motivo não pode disputar a reeleição e perde a expectativa de poder. Aqui, no momento, temos dois candidatos a presidente “patos mancos”: João Doria e Sérgio Moro.

No caso de Moro, ele anunciou que por ora sua candidatura a presidente está suspensa, o que significa que poderia retornar. Engana-se, ou tenta enganar os 8% dos brasileiros que dizem querer vê-lo no lugar de Bolsonaro. Moro trocou o PODEMOS pelo UNIÃO-BRASIL que só lhe garante uma vaga à Câmara.

O MDB finge apostar suas fichas na candidatura da senadora Simone Tebet (MS) a presidente. Simone é a irmã inteligente, corajosa e admirável que todo mundo gostaria de ter, mas até para se reeleger senadora enfrentará dificuldades. Para ela não há meio termo: ou vira um fenômeno eleitoral ou não irá a lugar algum.

Ciro Gomes (PDT), o candidato da rebeldia, está imprensado por Bolsonaro, à direita, e Lula, à esquerda. Por ora, bate nos dois igualmente porque não sabe em qual deles deveria bater mais. De tanto chamar Lula de ladrão, nele não poderá votar no segundo turno. Mas poderá viajar a Paris. Convenhamos: nada mal.

Sempre haverá Ey, Ey, Eymael, um democrata cristão, candidato a presidente pela sexta e última vez, segundo ele.