O truque (antigo) da caneta de João; por Fabiano GomesFonte83

Se a tinta da caneta do governador João Azevêdo (PSB) soubesse escrever a verdade, a Paraíba seria hoje um imenso canteiro de obras.

Pois o tinteiro oficial não para de assinar ordens de serviços.

São R$ 400 milhões pra cá, R$ 300 milhões pra lá…

Recursos que sequer existem para obras que jamais existirão.

Miragens no deserto administrativo de João, que chega ao quarto ano do mandato sem inaugurar uma única obra de porte em nenhum dos 223 municípios da Paraíba.

Neste mesmo período, quando tentava conquistar o voto dos paraibanos, Ricardo Coutinho já tinha feito obras de grande porte, a exemplo do Cidade Madura e do centro de convenções de João Pessoa.

João parece não ter aprendido nada com seu antecessor.

E, na reta final, com sua caneta mágica, quer nos fazer acreditar que – reeleito – fará diferente.

João brinca com a inteligência dos paraibanos, acenando com obras fantasmas que são autorizadas sem serem licitadas –  um trâmite elementar nas obras programadas para acontecerem de verdade.

O que não é, em absoluto, a intenção do tinteiro do Palácio da Redenção.

Os cajazeirenses sabem disso porque a estrada de Boqueirão não andou um quilômetro, mesmo com máquinas estacionadas no seu canteiro de faz de conta há três anos.

Os campinenses também sabem disso, pois o centro de convenções da cidade só veio dar sinais (fracos) de mobilização no ano eleitoral – mesmo com recursos garantidos através das emendas de Nilda Gondim e Veneziano Vital.

A Paraíba por inteiro vai saber que a caneta de João desenha um truque antigo, usado a exaustão pela velha política:

Obras de papel para atrair votos de verdade.

Não tem outra palavra para qualificar o abuso da máquina pública empreendida por João Azevedo: enganação!

Uma ilusão fabricada para enganar, mas também difícil de funcionar numa época dominada pela vigilância virtual.

A tinta vai secar na medida em que a verdade aparecer.

E ela sempre aparece!

Por Fabiano Gomes