Na Comissão de Educação do Senado, o presidente do FNDE, Marcelo Ponte (foto), negou qualquer envolvimento com as denúncias do ‘bolsolão do MEC’, de que pastores sem cargos na pasta pediram propina na intermediação de verbas para prefeituras.
Segundo as acusações, parte dos recursos sairiam do FNDE.
Ponte disse ter conhecido os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura em agendas do MEC, mas alegou não ter uma relação próxima com eles.
“Eu os conheci em uma agenda do Ministério da Educação. Tive algumas agendas, não sei precisar o número. […] O ministro Milton levou à CGU, em agosto, como já divulgou em diversas matérias de imprensa, umas ‘conversas tortas’. Fui ouvido, prestei meus esclarecimentos e o processo estava em segredo de justiça. Não estive com eles depois disso.”
Segundo o presidente do FNDE, o fundo não liberou recursos para as prefeituras que denunciaram os pedidos de propina.
“Não houve um real liberado. […] Acho que terceiros usaram o nome dele [Milton Ribeiro] e o meu, eventualmente, para se gabaritar, para fazer lobby sem a nossa autorização, haja vista que não há nenhum servidor do FNDE que esteja relacionado a essas práticas.”
Ponte disse confiar no ministro da Educação.
“O ministro Milton Ribeiro é uma pessoa da minha mais elevada estima, cordialidade, respeito. Acredito na conduta dele. Acredito na postura que ele tem frente ao Ministério da Educação. Sempre foi a melhor possível.