Arthur Soares em Miami, nos EUA, em 2019 | Reprodução/TV Globo
Ao decretar na semana passada a prisão preventiva de Arthur Menezes Soares, conhecido como “Rei Arthur”, o juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio, afirmou que o empresário tem se mantido “inatingível e inalcançável” nos EUA enquanto “furta-se reiteradamente” à aplicação da lei.
Arthur vive em Miami, na Flórida, e é considerado foragido pela Operação Lava-Jato do Rio desde 2017. A defesa dele tem argumentado ao Judiciário brasileiro que ele cumpre “medidas cautelares” e está impedido de deixar o país. Na semana passada, foi condenado a permanecer em regime domiciliar por manipular a eleição do Brasil como cidade-sede das Olimpíadas em 2016.
Para o magistrado Rubioli, Arthur esteve envolvido, ao longo de nove anos, em casos de “corrupção e malversações de verbas públicas”, seja como responsável direto ou indireto. Por isso, não prendê-lo no Brasil seria um “risco à aplicação da lei penal”. Ele pediu que a Interpol seja acionada.
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