Irmã do tesoureiro do PT assassinado em Foz do Iguaçu no final de semana (foto) por um apoiador de Jair Bolsonaro, Luziana de Arruda criticou o presidente por seu telefonema, na terça-feira (12), a outros irmãos da vítima.
Segundo ela, em entrevista à Folha publicada nesta quarta-feira (14), a conversa foi usada para “cunho político”.
“[O vídeo da conversa com os irmãos] foi usado para cunho político, quando as declarações do senhor presidente da República e do seu vice não foram as declarações legais”, disse.
Ela se referia a uma declaração de Bolsonaro de terça, em que comentou sobre como o assassino também foi agredido na ocasião, e àquela do vice Hamilton Mourão de segunda-feira (11), na qual disse que esse tipo de assassinato “ocorre toda a semana”.
“De repente eles resolvem se compadecer da nossa família, resolvem querer nos ouvir. Acho que ele [Bolsonaro] viu que a coisa tomou proporção gigantesca e resolveu voltar atrás das palavras”, disse Luziana.
“Depois que bate ele resolve consolar. A mesma mão que pune é a mesma mão que afaga?”, concluiu.