Evento das guardas municipais ignora colega morto por bolsonaristaBlog do Noblat

Quatro dias depois do assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, morto pelo bolsonarista Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR), acontece na Câmara o 14º Seminário Nacional de Guardas Municipais e Segurança Pública.

O evento é uma iniciativa do deputado general Peternelli (União-SP) só parlamentares militares compõem a mesa de trabalhos. Jones Moura (PSD-RJ), que é um guarda municipal por formação, preside os trabalhos.

Foi realizado no auditório Nereu Ramos, como uma realização da Comissão de Legislação Participativa.

No seminário, não houve sequer uma menção ao nome de Arruda, nem um lamento por sua morte ou um minuto de silêncio em sua homenagem póstuma.

Até houve um minuto de silêncio, proposto pelo Coronel Tadeu (PL-SP), mas em memória ao ex-senador Major Olimpio (PSL-SP), que morreu de Covid-19 em março de 2021.

“O Major Olimpio foi um digno representante das guardas municipais em São Paulo” – disse Tadeu. Olimpio era da Polícia Militar.

Num dos discursos, o deputado general Girão (PL-RN) criticou a esquerda.

“Saúdo os que estão à minha direita e os que estão do outro lado (o esquerdo). Não gosto nem de falar o nome do outro lado. Quando Deus fez o mundo já nos colocou, o Brasil, à direita. Quem quer colocar o Brasil do outro lado está errado” – disse Girão, que exibia um prendedor de gravata em forma de fuzil.