Metas de compra de créditos de carbono de 2022 devem ser prorrogadas por um anoLauro jardim

O chamado etanol 2G é produzido da palha e do bagaço da cana-de-açúcar | O Globo

As metas de cumprimento previstas para este ano de compra de créditos de carbono pelas distribuidoras de combustíveis deverão ser prorrogadas até 2013. A deliberação ocorreu hoje na reunião do comitê do RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis), que acabou há pouco.

Agora, a decisão final passa ao Conselho Nacional de Política Energética que baterá o martelo sobre o assunto. Se for concretizada, será uma vitória das distribuidoras sobre os produtores de biocombustíveis (basicamente de etanol)

Desde 2019, as distribuidoras são obrigadas a comprar esses créditos de carbono dos produtores de etanol. O objetivo é redução de emissões de gases causadores do efeito estufa.

São basicamente três as justificativas para essa prorrogação, de acordo com uma nota técnica do Ministéiro de Minas e Energia:

* aumento do preço dos créditos neste ano. Um aumento de 200% até 1° de julho.

*A investigação em curso no Cade de uma “possível infração à ordem econômica praticada nas negociações” dos créditos de carbono.

*”O estado de emergência no Brasil causado pela elevação dos preços internacionais do petróleo e dos combustíveis, bem como pelas implicações da crise causada pela pandemia da Covid-19 e pela guerra da Ucrânia”.