A prefeita de Bayeux, Luciene Gomes, teve o mandato cassado, nesta segunda-feira (15), por decisão do juiz juiz eleitoral Antônio Rudimacy Firmino de Sousa. A cassação ocorreu por abuso de poder econômico e também atinge o vice-prefeito, Clecitoni Silva. A defesa da prefeita vai recorrer da decisão. Além da cassação, o juiz também aplicou multa de R$ 10 mil e inelegibilidade de oito anos.
Na decisão, o juiz afirmou que houve prática de conduta vedada e abuso de poder político provados com documentos do Ministério Público. No processo, consta aumento da folha de pagamento no percentual de 15,02%, inchando a folha de pagamento do Município no período vedado com fim exclusivo de obter dividendos eleitorais.
“A nomeação de servidores nos três meses que antecedem o pleito desequilibra as eleições e aniquila a vontade do eleitor, favorecendo exclusivamente a candidata que praticou o ato. Sabe-se que no Brasil é comum comprar voto com promessa de emprego e que os cargos em comissão e de livre nomeação pelos agentes públicos são os braços e pernas da corrupção, uma vez que se nomeiam afilhados e correligionários em troca de votos. E estes, os nomeados, se transformam em cabos eleitorais multiplicadores de votos. Foram nomeados mais de trezentos funcionários no período vedado, justificando as nomeações no estado de calamidade pública e necessidade devido a pandemia, mas as nomeações não foram exclusivamente para atender as necessidades inadiáveis da saúde, mas com fim eleitoral”, disse o juiz.
A assessoria de comunicação da prefeita informou, por meio de nota, que os advogados de Luciene vão recorrer da decisão.