A tradicional Festa de Iemanjá chega à 59ª edição e volta a reunir, nesta segunda-feira (8), centenas de fiéis e admiradores das religiões de matriz africana no Busto de Tamandaré, em João Pessoa. O encontro, que conta com apoio do Ministério da Cultura, começa às 17h e segue até pouco antes da meia-noite, combinando rituais, apresentações artísticas e manifestações populares.

Realizada anualmente, a celebração atrai praticantes do candomblé, umbanda e outras vertentes vindos de diferentes cidades paraibanas. O local escolhido, ponto de encontro conhecido entre as praias de Tambaú e Cabo Branco, torna-se palco de demonstrações de fé e de expressões culturais afro-brasileiras.

A abertura oficial está marcada para as 17h, com a condução dos mestres de cerimônia. Em seguida, um grupo de capoeira ocupa o espaço, dando o tom da programação diversificada. O Coco Juremar sobe ao palco às 17h45, levando ritmos tradicionais do litoral nordestino.

A partir das 18h45, lideranças religiosas iniciam os cultos. Primeiro, o Templo Religioso Aloya, comandado pela Mãe Sarita, de Pedro Régis (PB). Logo depois, às 19h05, é a vez do Centro Espírita Mãe Iemanjá, liderado pelo Pai Geo, de Alagoa Grande (PB).

Programação detalhada

  • 17h – Início com mestres de cerimônia
  • 17h15 – Apresentação do grupo de capoeira
  • 17h45 – Show do Coco Juremar
  • 18h45 – Culto do Templo Religioso Aloya (Mãe Sarita)
  • 19h05 – Culto do Centro Espírita Mãe Iemanjá (Pai Geo)
  • 19h30 – Abertura oficial, discurso da Mãe Penha de Iemanjá, presidente da Federação Cultural Afro Brasileira da Paraíba (FCAB-PB), e queima de fogos acompanhada pelo Afoxé Oxum Pandá
  • 20h35 – Chegada da caminhada do Palácio Xangô Alafim, liderado pelo Pai Gilberto
  • 21h – Segunda apresentação do Afoxé Oxum Pandá
  • 22h – Maracatu Maracastelo
  • 23h – Encerramento com o grupo Voz Nagô

A celebração de Iemanjá em João Pessoa se consolidou como uma das maiores manifestações de cultura afro-religiosa no estado. Além de preservar rituais ancestrais, o evento contribui para a valorização de práticas artísticas como o coco de roda, afoxé, capoeira e maracatu. Ao longo de quase seis décadas, a festa transformou o Busto de Tamandaré em espaço de convivência entre devoção, música e expressões populares.

Organizadores reforçam que a participação é aberta ao público e recomendam a quem pretende se unir aos festejos que chegue cedo, tanto pela movimentação intensa na orla quanto pelo início pontual das homenagens. A segurança será realizada em parceria com órgãos municipais e estaduais, e ambulantes credenciados poderão comercializar comidas e bebidas nos arredores.

Com o fechamento da programação às 23h, autoridades pedem que os participantes recolham resíduos e preservem o ambiente. Após a última apresentação, grupos religiosos farão a entrega de oferendas no mar em um ato restrito às lideranças, garantindo a continuidade da tradição que homenageia a “Rainha das Águas”.

Com informações de Jornaldaparaiba