A crescente interferência do governo na Polícia Federal (foto) tirou da linha de frente – ou pôs na geladeira, para usar uma expressão comum na corporação – delegados com atuação de destaque em investigações que miraram poderosos de Brasília, diz a Crusoé.
“Sem alarde, esses policiais foram removidos de funções de chefia relevantes ou por conta própria, sem espaço para apurações como as que conduziram no passado recente, pediram para deixar postos estratégicos que ocupavam em Brasília, a fim de voltar a seus estados de origem ou passar períodos sabáticos no exterior.”
“O movimento é reflexo direto das seguidas mudanças que o presidente Jair Bolsonaro fez no comando da corporação, depois de anunciar, sem meias palavras, que gostaria de ver a PF mais alinhada aos seus interesses. ‘O combate à corrupção acabou. Não só na PF, mas no país como um todo. Voltamos vinte anos no tempo. Hoje, está pior do que em 2014′, lamenta um delegado que pediu para não ser identificado, obviamente por temer represálias.”
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