Uma mulher de 28 anos foi vítima de tentativa de feminicídio na madrugada desta sexta-feira (5) em Taperoá, município do Cariri paraibano. Segundo a Polícia Civil, o agressor é o ex-companheiro da vítima, que não aceitava o término do relacionamento encerrado há quatro meses. O casal tem um filho.

Conforme o relato policial, o homem foi até a residência onde a mulher mora com os pais, por volta da meia-noite. Do lado de fora, passou a chamá-la insistentemente e a proferir xingamentos. Alertada pelos gritos, a vítima saiu para verificar o que ocorria e, nesse momento, recebeu quatro golpes de faca, atingindo tórax e abdômen.

Familiares que estavam dentro da casa ouviram a confusão, correram para o local e conseguiram socorrer a jovem. Ela foi levada de carro até o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, distante cerca de 70 quilômetros. De acordo com boletim médico divulgado pela unidade, a paciente passou por cirurgia, encontra-se consciente e com quadro clínico estável.

O suspeito fugiu logo após o ataque e, até a publicação desta reportagem, permanecia foragido. A Polícia Civil trata o caso como tentativa de feminicídio e realiza diligências para localizar o autor. O delegado Renato Leite informou que, apesar de a vítima já ter sofrido episódios anteriores de violência doméstica, não havia registro formal de ocorrência contra o agressor.

Investigadores continuam reunindo depoimentos de familiares e testemunhas para esclarecer a dinâmica exata do crime. A polícia também analisa imagens de câmeras de segurança instaladas na vizinhança a fim de definir a rota de fuga do suspeito. Assim que identificado e preso, ele poderá responder pelos crimes de lesão corporal qualificada, violência doméstica e tentativa de feminicídio, previstos na legislação brasileira.

O inquérito permanece em andamento na Delegacia de Taperoá, que solicita a colaboração da população para repassar informações que possam levar ao paradeiro do acusado. Denúncias podem ser encaminhadas de forma anônima pelo telefone 197, da Polícia Civil.

Com informações de G1