Um dos investigados pela morte do empresário paraibano Sérgio Leandro de Almeida Borba, 47 anos, tinha relação de proximidade com a vítima e, segundo a Polícia Civil, foi o responsável por idealizar o crime para subtrair dois veículos do homem de negócios. A informação foi detalhada pelo delegado Roberto Carvalho nesta quarta-feira (10).
De acordo com o delegado, o suspeito utilizava um dos automóveis de Sérgio — um Chevrolet Ônix — quando foi preso. Para colocar o plano em prática, ele recorreu ao cunhado, já ligado a um grupo especializado em crimes patrimoniais, e a um terceiro participante ainda não identificado publicamente.
Sérgio Leandro foi encontrado morto na terça-feira (9) em uma área de matagal de Baía Formosa, litoral Sul do Rio Grande do Norte. O corpo estava parcialmente carbonizado. A investigação trabalha com a hipótese de que o empresário tenha sido dopado antes de morrer; por apresentar doenças pré-existentes, ele não teria resistido. Após o óbito, os envolvidos incendiaram o corpo na tentativa de dificultar a identificação.
Prisões e monitoramento
Os três suspeitos foram capturados no mesmo dia do achado do cadáver, no distrito de Café do Vento, município de Sobrado, interior da Paraíba. A prisão ocorreu após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) monitorar os carros dirigidos pelo trio e interceptá-los na BR-230.
Registro de desaparecimento
A filha do empresário registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Itabaiana, na Paraíba, na segunda-feira (8), relatando o sumiço do pai. Ainda naquela noite, Sérgio conseguiu enviar mensagens de emergência por SMS à família, mas não detalhou o local onde se encontrava.
Para chegar ao paradeiro da vítima, os policiais passaram a rastrear um dos veículos. O corpo foi localizado na manhã do dia seguinte. Exames iniciais não apontaram marcas de disparos de arma de fogo ou ferimentos por arma branca, além da carbonização. A Polícia Científica do Rio Grande do Norte realizará o laudo de necropsia para confirmar a causa da morte.
Investigação conjunta
O inquérito é conduzido pela Delegacia de Baía Formosa, onde ocorreu o crime, em cooperação com a Delegacia de Itabaiana, responsável pelo registro do desaparecimento. Os investigadores agora buscam esclarecer o nível de participação de cada suspeito, apurar se houve premeditação de outras pessoas e recuperar o segundo veículo levado pelos autores.
Com informações de Jornaldaparaiba



