O ex-governador da Paraíba e pré-candidato a deputado federal Ricardo Coutinho (PT) informou que o projeto do terceiro eixo da transposição das águas do Rio São Francisco avança na fase de licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Segundo ele, a expectativa é de que a licença seja concedida no começo de 2026, após a realização de audiência pública prevista para o mesmo período.

De acordo com o ex-governador, a audiência pública integra o protocolo obrigatório do pré-licenciamento ambiental. Concluído esse estágio, o IBAMA deve emitir a licença e, em seguida, o governo federal iniciará o processo de licitação para execução das obras. Coutinho afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende autorizar o empreendimento assim que o órgão ambiental liberar o documento.

O chamado terceiro eixo — também descrito como ramal do Vale do Piancó — pretende levar as águas do São Francisco de Mauriti, no Ceará, até o Rio Piancó, na Paraíba, alcançando o sistema Coremas/Mãe D’Água. “Isso fará da Paraíba o estado mais contemplado pela transposição do São Francisco”, declarou o político durante entrevista, destacando que o projeto atenderá prioritariamente os municípios do Vale do Piancó.

Coutinho classificou o empreendimento como “obra fácil de executar” e sublinhou que a iniciativa faz parte dos compromissos assumidos por Lula com o Nordeste. O ex-gestor reforçou que, finalizada a etapa ambiental, a implantação do ramal deverá ocorrer dentro do cronograma planejado pelo governo federal.

O ramal do Vale do Piancó soma-se aos eixos já existentes da transposição — Norte, Leste, Agreste e Setentrional — e busca ampliar a segurança hídrica em regiões afetadas por longos períodos de estiagem. Ao conectar o reservatório cearense à bacia paraibana, o projeto pretende garantir abastecimento regular de água para consumo humano, produção agrícola e atividades econômicas locais.

Durante a entrevista, o ex-governador não detalhou valores ou prazos de construção, mas reiterou que, uma vez liberada a licença ambiental, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional deverá conduzir o processo licitatório com prioridade. Ele acrescentou que o diálogo com o IBAMA segue em andamento e que técnicos já elaboram estudos para atender às exigências ambientais.

Ricardo Coutinho encerrou afirmando que a obra representa “um passo decisivo” para fortalecer a infraestrutura hídrica da Paraíba e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do sertão.





Com informações de Diariodosertao