O mercado financeiro brasileiro encerrou a quinta-feira (11) em clima de recuperação. O dólar comercial foi vendido a R$ 5,404, recuo de R$ 0,064 (-1,17%) em relação ao dia anterior. A divisa chegou a iniciar o pregão em alta, mas inverteu o movimento durante a manhã; por volta das 16h, marcou a mínima de R$ 5,39.
A queda desta sessão, embora expressiva, não elimina a valorização acumulada em dezembro, que soma 1,29%. No balanço de 2025, entretanto, a moeda norte-americana apresenta depreciação de 12,56% frente ao real.
Bolsa oscila, mas fecha no azul
No mercado de renda variável, o Ibovespa registrou comportamento volátil. Às 13h52, o principal índice da B3 avançava 0,48%, porém perdeu fôlego nas horas finais. O fechamento se deu aos 159.189 pontos, alta discreta de 0,07%. Papéis do setor de mineração, em especial, evitaram que o indicador terminasse no campo negativo.
Fatores internos impulsionam entrada de capital
No plano doméstico, investidores reagiram ao comunicado divulgado após a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central. O Copom manteve a Taxa Selic em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva e adotou tom considerado duro, sem sinalizar claramente quando poderá iniciar o ciclo de afrouxamento. Juro elevado, combinado à incerteza quanto a cortes no curto prazo, reforçou o diferencial de rendimentos em relação a praças internacionais e atraiu recursos para o país.
Cenário externo também colabora
Do lado externo, o Federal Reserve reduziu a faixa básica de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, para 3,5% a 3,75% ao ano. Com economias avançadas oferecendo retornos menores, parte dos investidores optou por deslocar posições para mercados emergentes que remuneram melhor, como o brasileiro. Esse fluxo contribuiu tanto para a valorização do real quanto para a leve sustentação da bolsa.
Analistas destacam que a diferença entre a Selic e a taxa norte-americana amplia a atratividade dos títulos brasileiros de renda fixa, o que reduz a procura por dólar no mercado doméstico e, consequentemente, alivia a pressão cambial. Esse movimento também tende a favorecer ativos de risco no país, embora a bolsa tenha mostrado cautela ao longo do dia.
Com o resultado desta quinta-feira, o câmbio volta a aproximar-se do patamar de R$ 5,40, nível observado no início da semana. Já o Ibovespa segue próximo do recorde histórico, mas sem a mesma força compradora que marcou pregões recentes.
Com informações de Agência Brasil



