O comércio varejista da Paraíba permanece entre os destaques nacionais e registrou, de janeiro a outubro deste ano, a terceira maior taxa de crescimento no País, alcançando 5,1% no acumulado do período. O dado consta na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo com a taxa básica de juros (Selic) mantida em nível elevado, o estado mostra resiliência nas vendas. Em outubro, o volume comercializado subiu 2,1% em relação a igual mês de 2022, resultado superior ao verificado no Brasil, que foi de 1,1%. Foi a décima elevação consecutiva no comparativo ano contra ano.

Desempenho no ranking nacional

No acumulado de dez meses, apenas o Amapá (7,7%) e Santa Catarina (5,8%) superaram a Paraíba. No mesmo intervalo, o resultado nacional ficou em 1,5%.

Comércio varejista ampliado

Quando se considera o comércio varejista ampliado – segmento que engloba veículos, motos, partes e peças, material de construção, além do atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo –, a Paraíba ocupa a segunda posição entre as unidades da Federação. O estado avançou 5% de janeiro a outubro, enquanto o indicador nacional registrou retração de 0,3%. Na comparação apenas de outubro, o crescimento paraibano chegou a 3,7%, ante queda de 0,3% no País.

Setores que puxaram a alta

Seis das oito atividades analisadas apresentaram desempenho positivo em outubro frente a igual mês do ano passado: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; Móveis e eletrodomésticos; Outros artigos de uso pessoal e doméstico; Livros, jornais, revistas e papelaria; além de Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. O único recuo ocorreu em Tecidos, Vestuário e Calçados, enquanto Combustíveis e lubrificantes mostraram estabilidade.

Fatores citados pelo governo estadual

O secretário de Estado da Fazenda, Marialvo Laureano, atribuiu o desempenho a três fatores principais: criação de empregos formais, que resultou na menor taxa de desocupação da série histórica (7%); incremento dos investimentos públicos em obras, gerando ocupação e renda; e expansão do consumo das famílias, estimado em R$ 112 bilhões neste ano. Laureano lembrou ainda que, em 2022, a Paraíba já havia obtido a segunda maior taxa de crescimento do País no mesmo indicador.

Sobre a pesquisa

Realizada desde 1995, a Pesquisa Mensal de Comércio acompanha mensalmente o comportamento conjuntural do varejo brasileiro. O levantamento investiga a receita bruta de revenda de empresas formalmente constituídas com 20 ou mais empregados, produzindo indicadores para o comércio varejista restrito e para o varejo ampliado. Os resultados detalhados podem ser consultados no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra).

Com informações de Paraiba