A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (12), a Operação Transparência, iniciativa que tem como objetivo apurar possíveis irregularidades na aplicação de recursos provenientes de emendas parlamentares. As diligências ocorreram em Brasília e se concentram em suspeitas de desvios de verbas públicas destinadas a projetos indicados por congressistas.
Entre os principais alvos da investigação está Mariângela Fialek, ex-assessora do deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL). Apesar da ligação profissional de Fialek com o parlamentar, a corporação ressalta que Arthur Lira não figura como investigado na operação em curso.
Mandados autorizados pelo STF
Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), equipes da Polícia Federal cumpriram dois mandados de busca e apreensão. Os endereços vistoriados não foram divulgados, mas, segundo a PF, estão vinculados às atividades da servidora investigada e aos processos de indicação e liberação das emendas parlamentares.
Função estratégica na liderança do PP
Mariângela Fialek ocupa atualmente um posto na liderança do Partido Progressista (PP) na Câmara dos Deputados. No cargo, ela responde pelo setor encarregado de organizar e sistematizar as indicações de emendas apresentadas pelos deputados da legenda. A suspeita é de que, durante esse procedimento, tenham sido cometidos ilícitos voltados ao desvio de recursos federais para fins distintos dos previstos.
Crimes sob apuração
O inquérito conduzido pela Polícia Federal investiga a ocorrência de peculato (apropriação de dinheiro público por servidor), falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção. Caso os indícios sejam confirmados, os envolvidos poderão responder criminalmente pelos delitos previstos no Código Penal e em legislações correlatas.
Até o momento, a Polícia Federal não divulgou o valor exato dos recursos supostamente desviados nem informou se novas fases da operação estão programadas. Também não há confirmação sobre eventuais pedidos de prisão. Os materiais apreendidos serão encaminhados para perícia e análise, a fim de subsidiar o avanço das investigações.
Procurada, a defesa de Mariângela Fialek não se pronunciou até a publicação desta reportagem. A liderança do PP na Câmara também não emitiu nota oficial sobre o caso.
De acordo com a corporação, relatórios detalhados serão encaminhados ao STF após a avaliação dos documentos recolhidos e depoimentos prestados. O prazo para conclusão dessa etapa não foi informado.
Com informações de Maispb



