Carlos Bolsonaro (PL-RJ) tornou público, na manhã desta sexta-feira (12), um vídeo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro aparece adormecido e com forte crise de soluços. As imagens foram divulgadas no X, plataforma antes conhecida como Twitter.

No texto que acompanha a gravação, o vereador afirma que o pai “necessita de cuidados especiais 24 horas por dia” e acrescenta que a condição de saúde do ex-chefe do Executivo “só piora”. Segundo ele, o registro foi feito antes da prisão de Bolsonaro pela Polícia Federal, ocorrida em 22 de novembro.

Ao justificar a divulgação, Carlos explica que relutou em expor o estado de saúde do ex-mandatário, mas decidiu compartilhar o conteúdo por considerar “impossível ignorar” a realidade. “É extremamente doloroso ver o que presencio diariamente, porém se faz necessário mostrar”, escreveu.

Preocupação com complicações

O vereador relata que há episódios “mais graves” do que o flagrado no vídeo e que eles representariam risco imediato à vida do ex-presidente. Entre os temores, Carlos cita a possibilidade de broncoaspiração provocada por refluxo constante. “Sem acompanhamento médico ininterrupto e ambiente adequado, estamos diante de uma tragédia anunciada”, alertou.

Ele também atribuiu o quadro delicado a sequelas do atentado a faca sofrido pelo pai em 2018, durante a campanha presidencial. No post, o parlamentar classificou a prisão de novembro como “arbitrária” e associou a deterioração do quadro clínico à pressão sofrida pelo ex-chefe do Planalto nos últimos meses.

A publicação repercutiu rapidamente nas redes sociais e reacendeu debates sobre o estado de saúde de Jair Bolsonaro, tratado desde a facada com múltiplos procedimentos cirúrgicos e acompanhamentos médicos frequentes. O ex-presidente não se manifestou sobre o vídeo até o momento.

No registro divulgado, Bolsonaro dorme enquanto é possível ouvir o som intermitente dos soluços. Não há informações sobre onde nem quando, exatamente, o vídeo foi gravado; Carlos apenas reforça que a filmagem antecede a ação da Polícia Federal em 22 de novembro.

Jair Bolsonaro já relatou, em entrevistas anteriores, episódios recorrentes de soluços e refluxo após a cirurgia de emergência realizada em 2018. Desde então, passou por outras intervenções para minimizar as consequências do atentado, mas Carlos indica que os sintomas persistem e têm se intensificado.

Até a publicação desta reportagem, não havia atualização oficial da equipe médica do ex-presidente sobre o episódio específico exibido nas redes.

Com informações de Maispb