O ministro do Turismo, Celso Sabino, decidiu permanecer no cargo mesmo após ter entregue uma carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reversão ocorreu depois de receber o respaldo da maioria da bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados.

Segundo parlamentares, 46 dos 59 deputados da legenda assinaram um documento defendendo a continuidade de Sabino no comando da pasta. Os congressistas argumentam que a permanência garante ao partido acesso às ações e verbas do ministério.

Apesar do gesto, a direção nacional do União Brasil já iniciou um processo interno que pode culminar na expulsão do ministro. Mesmo assim, Sabino optou por seguir na Esplanada e manter sua posição no governo.

Nos bastidores, deputados avaliam que o episódio sinaliza a disposição de parte do Centrão em se aproximar do Palácio do Planalto antes das eleições de 2026, ainda que as cúpulas partidárias defendam o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a disputa presidencial.

Outro caso semelhante envolve o ministro do Esporte, André Fufuca, que enfrenta pressão do PP para deixar a administração federal. A tendência, contudo, é que ele também tente permanecer no governo.

Com informações de Polêmica Paraíba